Comunicação | Notícias

Herpetologistas conectados - 25/06/2021


icone whatsapp

O que fariam jovens herpetologistas, prontos para iniciar o projeto dos sonhos, se fossem repentinamente acuados por uma pandemia? Descobrir a resposta desse questionamento se mostrou uma tarefa inevitável para o grupo de Biólogos e estudantes de Ciências Biológicas integrantes do Instituto Herpeto em Rondônia. Conscientes de sua missão e determinados a superar as dificuldades, perceberam que a solução seria se conectarem, não presencialmente, mas por todos os outros meios possíveis e com bastante intensidade. 

Foi assim que o Instituto Herpeto em Rondônia de Educação Ambiental e Conservação da Fauna deu início às suas atividades, no dia 19 de maio de 2020, em plena pandemia do coronavírus. 

O projeto do Instituto é anterior à pandemia e previa alguns pontos fundamentais, como: criar oportunidades de acesso ao conhecimento e à informação; divulgar pesquisas e projetos científicos, além de discutir aspectos culturais relacionados com a herpetofauna, sempre buscando a desmistificação desses aspectos. 

Também já estava previsto no projeto o compartilhamento das ações do Instituto nas redes sociais e o estabelecimento de parcerias dentro e fora do meio virtual, mas as atividades on-line não ocupavam um protagonismo tão intenso. Na realidade, o que se esperava era uma visibilidade maior para as ações desenvolvidas presencialmente.   

As incertezas iniciais do novo cenário exigiram ainda mais empenho e coesão ao grupo. Quatro meses se passaram na preparação da primeira ação de caráter essencialmente virtual, em que a equipe do Herpeto em Rondônia pôde mostrar sua capacidade científica e organizacional.

 

Gestando o primeiro evento

Somente em 29 de setembro de 2020, após muitos contatos e a consolidação de algumas parcerias, o Herpeto em Rondônia estava pronto para estrear nas redes sociais e na internet. A opção foi um encontro virtual com profissionais da área da herpetologia denominado H.R. CONVIDA. O primeiro convidado foi o Biólogo Bruno Rocha, tendo como mediadora a Bióloga Msc. Juliana Badari, ambos do Instituto Butantan. 

Esses encontros ocorreram quinzenalmente por um período de sete meses, com transmissão através da principal rede social do Herpeto (https://www.instagram.com/herpeto.em.rondonia). A última edição foi no dia 6 de abril de 2021.

 

Conectados sempre

A interrupção do H.R. CONVIDA abriu espaço para CICLO DE PALESTRAS, transmitidas através do canal do YouTube (https://www.youtube.com/herpetoemrondonia). A primeira edição do ciclo aconteceu em 17 de abril de 2021, com a palestra “Animais peçonhentos da região do Estado de Rondônia", apresentada pelo Biólogo Msc. Flávio Aparecido Terassini. Na sequência, o Msc. Alex Augusto Ferreira apresentou a palestra “Envenenamento por serpentes: terapias coadjuvantes à soroterapia convencional”. 

Em paralelo, o Instituto mantém o projeto HERPETO AMIGO, que oportuniza, através das redes sociais, o compartilhamento de registros fotográficos de répteis e anfíbios com os quais o público tenha se deparado, seja em área doméstica, de lazer, no campo ou em condomínios. Os profissionais do Herpeto em Rondônia aproveitam para dar informações científicas, relatar curiosidades e, quando necessário, desmistificar algo relacionado ao animal da imagem enviada.

A mais recente iniciativa do Instituto foi o HERPETOPARTY – CONHECER PARA PRESERVAR, realizado nos dias 21 e 22 de maio de 2021 a fim de comemorar os desafios vencidos nesse primeiro ano de atividades do Instituto Herpeto em Rondônia. Vários profissionais da área da herpetofauna compartilharam conhecimento durante uma densa programação, que incluiu palestras, oficinas, mesa redonda e abertura cultural. Os eventos proporcionaram debates e interação entre os participantes, amantes da herpetofauna de várias partes do Brasil e da América Latina. As transmissões do HERPETO PARTY estão disponíveis no canal do Instituto.

 

Diferencial virtual

É impressionante lembrar que apenas um ano separa o Herpeto em Rondônia de sua primeira atividade, justo num ano de pandemia em que os obstáculos pareceram se multiplicar a cada dia. Essas dificuldades funcionaram como teste de resiliência para os jovens Biólogos que buscam difundir o conhecimento sobre a herpetofauna, preservar o meio ambiente e desmistificar os absurdos propagados sobre características e comportamentos de espécies, principalmente as peçonhentas.

Segundo o presidente do Herpeto em Rondônia, Douglas Amorim, o “objetivo é levar o conhecimento sobre a herpetofauna, conservação, importância cultural, científica, farmacológica e biológica para a sociedade. Sempre no caminho da compreensão de que os répteis e anfíbios são animais que merecem respeito e reconhecimento, compreendendo que há várias formas de levar, promover e desenvolver os saberes”.

 

Perspectivas futuras do Herpeto em Rondônia 

O Instituto Herpeto em Rondônia tem como meta para o segundo semestre desse ano de 2021 ser reconhecido como Instituto de conservação e de sensibilização da sociedade, com foco na redução do impacto do ser humano sobre a herpetofauna. Assim, equipes de coordenadores estão desenvolvendo projetos a serem executados com recursos financeiros governamentais ou não governamentais, como é o caso de: Educação ambiental para conservação da biodiversidade em comunidades tradicionais da Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto – RO; e Levantamento da conservação e monitoramento da herpetofauna na Floresta Nacional (FLONA) do Jamari – RO. 

Também está em estudo a realização de CURSOS, MINICURSOS E OFICINAS, com objetivo de capacitação de profissionais da área da herpetologia, bem como de acadêmicos de áreas afins, focando em conhecimentos sobre conservação, preservação e educação ambiental, com ênfase na herpetofauna. 

Os projetos podem vir a ser realizados no formato presencial, mas buscando seguir de forma rígida os protocolos de segurança recomendados por órgãos responsáveis pela saúde. 

“Acreditamos que conseguimos um efeito significativo, principalmente na desmistificação de espécies de répteis e anfíbios, sempre buscando respeitar os conhecimentos tradicionais, mas deixando o conhecimento científico aberto para acesso”, afirma Larissa Lobato, coordenadora de projetos do Instituto Herpeto em Rondônia.

 

Conhecendo os herpetologistas

 

Além de atividades científicas, cada um dos participantes possui funções administrativas bem definidas dentro do Instituto. Fotos: Acervo do Herpeto em Rondônia.

  • Douglas Nonato Amorim Estevão (1), Fundador e Presidente do Instituto Herpeto em Rondônia - Discente de Ciências Biológicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - Campus Ariquemes; 
  • Leandro da Silva Navarro (2), Diretor Administrativo - Acadêmico concluinte de Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Universidade Federal do Acre (UFAC), Campus Rio Branco; 
  • Richard Campos Rangel (3), Coordenador de Marketing - Graduando em Ciências Biológicas pelo Centro Universitário Salesiano - Unisales de Vitória, no ES;
  • Amanda Sobrinho de Jesus (4), Diretora de Finanças - Acadêmica de Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia;
  • Jenifer Kely Moreno Lima (5), Secretária - Técnica em Biotecnologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia – IFRO
  • Lucas Pereira Camargo (6), Editor de Texto - Discente de Ciências Biológicas na Universidade Federal de Rondônia;
  • Larissa Gabriela da Silva Oliveira (7), Editora de Imagens - Técnica em Biotecnologia pelo Instituto Federal de Rondônia.
  • Larissa Lobato (8), Coordenadora de projetos - Graduanda em Ciências Biológicas. Fez iniciação científica no Laboratório de Neuro e Imunofarmacologia na Fiocruz/RO;
  • Kaynara Delaix Zaqueo (9), Filiada - Bióloga pelo Centro Universitário São Lucas. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação da Rede Bionorte - Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia Legal, vinculada a UFAM;




Voltar