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Bióloga recebe o Mérito Científico do Prêmio Jovem Cientista 2018 - 14/12/2018
Referência nas pesquisas com abelhas nativas, a Bióloga e pesquisadora Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca (CRBio 001060/01-D) conquistou o prêmio de Mérito Científico na 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O Prêmio foi entregue a última quarta-feira, 5 de dezembro, durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília.
O Mérito Científico é a categoria que reconhece pesquisadores com atuação de destaque em áreas relativas ao tema que, em 2018, foi "Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social". Estudantes, pesquisadores e instituições de ensino de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Pará e São Paulo também foram agraciados em outras quatro categorias: Mestre e Doutor, Estudante do Ensino Superior, Estudante do Ensino Médio e Mérito Institucional.
Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca, do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável, em Belém (PA), é coautora da Declaração de São Paulo para os Polinizadores, que originou a Iniciativa Internacional de Uso Sustentável e Conservação dos Polinizadores, além de ter participado de ONGs, associações e comissões estaduais e federais para a conservação e defesa do meio ambiente.
Formada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo, ela obteve mestrado (1970) e doutorado (1975) em Zoologia pela mesma instituição sob orientação do Prof. Dr. Paulo Nogueira Neto. Em 1972, iniciou sua carreira como docente no Instituto de Biociências da USP (IB-USP), participando da fundação do Departamento de Ecologia do IB-USP em 1977. Com ampla atuação em grupos de pesquisa e na coordenação de projetos e estudos no Brasil, com ênfase em polinizadores, é ainda representante do governo brasileiro na equipe para a Avaliação Polinizadores, Polinização e Produção de Alimentos, da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES).
Outros vencedores
A 29ª edição do Prêmio Jovem Cientista contou com mais de 1.550 inscrições de estudantes e pesquisadores de todo o país. O primeiro lugar na categoria Ensino Médio foi para a gaúcha Juliana Davoglio Estradioto, que criou um filme plástico biodegradável feito com casca de maracujá, capaz de substituir as embalagens de mudas de plantas, que geram grande quantidade de lixo na agricultura.
O pernambucano Célio Henrique Rocha Moura, primeiro lugar na categoria Ensino Superior, venceu com uma pesquisa sobre como a percepção da população sobre áreas preservadas na cidade do Recife pode auxiliar na gestão das Unidades de Conservação.
Já o primeiro lugar na categoria Mestre e Doutor foi para João Vitor Campos e Silva, paulista que mora em Maceió, com o estudo do impacto de um modelo de conservação na Amazônia que recupera populações de pirarucu e tem potencial para garantir às comunidades o equivalente a uma poupança bancária avaliada em R$ 30 mil anuais.
A categoria Mérito Institucional premiou duas instituições, dos ensinos Médio e Superior, que inscreveram o maior número de trabalhos qualificados com mérito científico para o prêmio. A Escola Técnica Polivalente de Americana, em Americana (SP), ficou em primeiro lugar na categoria Ensino Médio. Já a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) conquistou a primeira posição no Ensino Superior.
Os prêmios
Na categoria Mestre e Doutor, os vencedores recebem R$ 35 mil (1º lugar); R$25 mil (2º lugar) e R$18 mil (3º lugar) e uma viagem ao Reino Unido para a visita 'Science Tour in the UK', onde os jovens vencedores terão a oportunidade de fazer uma imersão ao sistema de ciência e inovação britânico, a ser organizada pela Embaixada Britânica.
Para estudantes do Ensino Superior, os valores são de R$18 mil (1º lugar), R$15 mil (2º lugar) e R$12 mil (3º lugar). Estudantes do Ensino Médio em 1º, 2º e 3º lugares recebem um laptop. No Mérito Institucional, serão pagos R$40 mil para cada uma das duas instituições que tiverem o maior número de trabalhos qualificados. O pesquisador indicado para o Mérito Científico receberá R$40 mil. Além da premiação relacionada, todos os agraciados recebem bolsas de estudo do CNPq, nas modalidades de iniciação científica até o pós-doutorado.
Fontes: CNPq e Lattes