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Bióloga Karina Massei desenvolve projeto de restauração ecológica de corais na Praia do Seixas/PB - 20/04/2022


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Pela necessidade de medidas reais para o planeta terra, a Bióloga Karina Massei (23.224/05-D), do Conselho Regional de Biologia – 5ª Região (CRBio-05), tem desenvolvido um projeto de restauração ecológica de corais na Praia do Seixas, em João Pessoa/PB, capital paraibana. Em seu trabalho, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a pesquisadora destaca o papel dos recifes de corais na proteção da costa e redução da erosão costeira.

O tema do seu projeto, referente à pesquisa de pós-doutorado, dialoga com a Décadas do Oceano e da Restauração de Ecossistemas (2021-2023), decretadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ela ressalta que os corais são fundamentais para a vida marinha pela sua biodiversidade, além de serem fonte de substâncias utilizadas nas indústrias farmacêutica e cosmética.

Além disso, Karina Massei alerta que os animais sofrem impactos causados devido ao aumento da temperatura do oceano, gerando o branqueamento dos corais.

“O trabalho não é apenas sobre restauração porque um dos objetivos é a conscientização. As pessoas têm que compreender que cuidar do assoalho marinho do fundo do mar é como cuidar da terra e do gado. O assoalho é o responsável pela biomassa que servirá para as gerações futuras”, acentua a Bióloga.

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Como campo prático, o projeto tem as piscinas naturais do Seixas, em João Pessoa. Para o desenvolvimento da ação, serão colocados no mar os fragmentos iniciais de corais, que visam à conservação do ecossistema marinho frente às alterações climáticas resultadas pelo aquecimento global.

“Para a restauração, serão coletados fragmentos de diferentes espécies de corais que estiverem soltos no assoalho do recife do Seixas. Nessa fase, analisaremos os parâmetros físicos, químicos e biológicos da área de berçário marinho”, explica.

Ainda na parte prática, será feita a análise das medidas de cada fragmento de corais para, em seguida, colocá-los em estruturas biogênicas.

Até então, foi realizado um levantamento de campo, com a avaliação da situação das espécies existentes na área escolhida para análise do recife. Também está acontecendo reuniões com a comunidade local, que estará junto no desenvolvimento da restauração ecológica.

Além da comunidade local, o projeto conta com a parceria do Lampião Maker, laboratório de prototipagem do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) e colaboração do projeto Coral Eu Cuido, grupo Caiaque PB, Clube do Mergulho, Primeiro Sol, Laboratório de Gestão em Águas e Territórios (Legat/UFPB), Instituto de Pesquisa e Ação (InPact) e Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), sendo contemplado pelo Programa de Bolsas de Pesquisa de Pós-Graduação.

“A ideia é que o projeto comece numa escala local e que posteriormente seja impulsionado para outros recifes, ampliando a divulgação da noção de conservação do ecossistema marinho para mais pessoas”, pontua.

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FOTOS: Ivan Occhi

 


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